quarta-feira, 24 de maio de 2006

É mesmo isto, ó Pai, que queres de mim?


Não me move, meu Deus, para querer-Te,

Tudo quanto me tenhas prometido;

Moves-me, Tu, Senhor, move-me o ver-Te

Nesse corpo chagado, escarnecido.


Move-me o ver-Te assim, do céu esquecido,

E dos homens, proscritos, mal amado.

Move-me, enfim, Senhor, o eu ter sido

Uma sombra de Ti, tão só pecado!...


Move-me o ver-Te triste e pensativo,

A Deus clamando, só, e apreensivo:

«É mesmo isto, ó Pai, que queres de Mim?»


Deixa-me entrar, Jesus, na tua dor,

Descobrir o porquê de tanto amor,

E deixa-me viver contigo assim!

Anónimo

(paráfrase do P.e Leonel)

3 comentários:

P.e Júlio da Costa Gomes disse...

Por vezes na nossa miséria conseguimos estar de uma maneira mais profunda com Deus. Estamos despojádos do que nos prende a este mundo. Contudo somos deste mundo e neste mundo somos para os outros tal como Cristo, Entrega total apesar das dificuldades.

Marlene Maravilha disse...

Eu também queria encontrar a razão de tanto amor do Pai por nós!!! Realmente excede a todo entendimento humano.
Gostei da poesia.
abraços

Anónimo disse...

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