Pedro, o Criador de Sorrisos, não queria perder de vista aquele encontro maravilhoso entre o Sol e o mar pois aquela tarde de Domingo era especial para ele, ainda ele não imaginava o quanto…
Então, foi até à praia para melhor poder desfrutar de tão grande maravilha que era para ele o pôr-do-Sol e para poder ver e ouvir bem de perto as expressividades do mar.
Enquanto passeava pela praia, Pedro dava graças a Deus por tanta beleza que o rodeava e agradecia profundamente por ser tão Feliz.
Caminhando pela praia e olhando para traz, só lhe faltava ver as pegadas de Jesus, pois Pedro tinha a certeza que Ele estava ali bem juntinho dele.
Passeava pela areia e olhando para a frente, Pedro viu um peixe! Era um grande peixe que estava prostrado no chão e parecia estar morto!
Pedro correu ao encontro dele com tanta força que até a areia húmida lhe ficava colada nas costas. Tendo chegado junto dele notou que ainda havia ali vida, ainda estava vivo, mas bem à beira da sua morte.
Perante tal situação questionou-se: “Que faço eu?”. Poderia ser fácil resolver a questão, era só dizer: “Coitadinho! Pobre peixe!” e seguir caminho, levando por breves momentos o peixe no pensamento. Isso seria o mais fácil!
Pedro não optou pelo caminho mais fácil mas sim pelo mais bonito. Optou pelo caminho da sua consciência e pela vontade do seu coração.
Então, Pedro pegou nele com algum receio, mas o peixe, sentindo-se apertado por aquelas mãos calorosas, deu um salto e caiu novamente no chão.
Pobre peixe! Nunca tinha sentido o calor de umas mãos que estivessem prontas para o ajudar.
Pedro, mais uma vez segurou nele, mas o peixe, não o compreendendo, escapava-se-lhe entre as mãos recusando a sua ajuda.
Pedro, não desistiu, e desta vez sim! Segurou-o com força e colocou-o na água esperando a sua reacção.
O peixe bem queria nadar, mas faltavam-lhe as forças, e como que isso não bastasse tinha ainda a dificuldade das algas marinhas que o sufocavam e o impediam de se movimentar.
Pedro, sempre atento ao seu peixe, dava-se conta das suas novas dificuldades e, sem olhar para traz, entrou na água e segurou-o novamente.
O peixe de Pedro necessitava de um impulso forte e um bom porto para partir.
Havia ali perto um rochedo que parecia entrar pelo mar dentro, mas era muito escorregadio e muito perigoso. Era a única maneira de salvar o peixe! Caminhar pelo rochedo e largá-lo onde pudesse nadar sem sufocos nem dificuldades, pois o peixe estava muito fraco...
Pedro aventurou-se! Com o peixe nas mãos, arriscou a sua vida atravessando o rochedo e chegando ao cabo disse: “Tu consegues, sê forte! Sê corajoso e confia! Eu sei que tu consegues!”.
Lançando-o ao mar, Pedro ficou encantado! Nem parecia o mesmo peixe que Pedro encontrara no chão! Começou a nadar com uma delicadeza inacreditável e uma confiança incrível seguindo em direcção ao Sol. Sim, porque o Sol parecia poisado no mar e o peixe nadou em direcção a ele. Nadava à tona da água dando a perceber que estava muito grato pela ajuda.
Pedro não queria louvores, ele só queria que o peixe fosse Feliz e não morresse na praia, tal como aquelas pessoas que morrem de sede com a água pelo queixo…
Pedro fixava o peixe com o seu olhar bondoso e misericordioso, até que o perdeu de vista no horizonte junto ao Sol…
Nelson Silva
2 comentários:
É isso mesmo!...
Abraço
Filó
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