terça-feira, 28 de novembro de 2006

A vida continua...


“A vida continua.
Ouvimo-lo tantas vezes.
E é bom que assim seja.
A vida precisa de nós, e nós precisamos da vida, dos outros, de ter múltiplos afazeres à nossa espera.
A nossa vida actual pertence ao futuro, não ao passado.
Aquilo que não fizemos, já não pode ser feito.
Reconhecê-lo, faz-nos sofrer.
Mas não desesperemos.
Há outras pessoas na vida que aguardam a nossa afectuosa dedicação.”



Christiane Seemann - Fur Tage der Trauer

domingo, 26 de novembro de 2006

Amigo Ricardo...


Perder um amigo é sempre uma grande dor…
Pensativo e triste passeava no meu quarto…
Olhei a prateleira dos livros e vi um que dizia: “Para os Dias de Luto”
Vinha mesmo a calhar…
A pensar no Ricardo iniciei a minha leitura e quero partilhar algumas passagens que por lá encontrei:

“Um amigo deixou-nos e na nossa vida – até há tão pouco tempo alegre e feliz – abriu-se uma chaga enorme.
Faz doer, é ainda muito recente.
Não podemos, nem queremos ignorá-la.
Queremos olhá-la de frente e tratar dela.
Como todas as feridas, há-de sarar, com o tempo.
A cura leva o seu tempo, um tempo de luto.

Tempo de luto, tempo de recordações.
Tempo para percorrer, uma vez mais, a vida em conjunto.
Os bons e os maus dias pertencem agora ao passado.

Às vezes, a saudade chega a ser esmagadora, e será bom deixá-la expandir-se.
Só aquilo que realmente vivenciarmos, não nos perseguirá no futuro.
Também a saudade, um dia, se transformará em gratidão.

As lágrimas correm sem parar.
Todas as coisas à nossa volta nos trazem recordações e nos gritam:

“Perdeste um amigo!”

Instala-se o medo da solidão, sobretudo do vazio, da vida que agora nos parece uma íngreme montanha.

Será bom ter alguém, que esteja simplesmente ao pé de nós, que de vez em quando nos aperte a mão, silencioso companheiro da nossa dor.”


In: Christiane Seemann – Fur Tage der Trauer

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Sentimentos...


Os sentimentos são apenas coisas que sentimos por sentir?
Não!

Os sentimentos vão muito mais além do que um simples sentir… eles chegam a ser um viver…

Os sentimentos mexem connosco, com o mais profundo do nosso ser e, por vezes, revelam-se nas nossas atitudes exteriores…

Todos nós gostamos que respeitem os nossos sentimentos e, do mesmo modo, nós devemos respeitar os sentimentos dos outros.

Haverá pessoas que não têm sentimentos?
Não sei!

Sei sim, que os nossos sentimentos, estão relacionados de uma forma muito intima com a nossa sensibilidade e com a nossa afectividade…

Quanto mais a pessoa for acentuada na sua sensibilidade e quanto mais valor der à afectividade, mais os sentimentos são sentidos intimamente, mais eles mexem com o nosso interior.

Numa relação a dois, os sentimentos têm que ser respeitados…

Onde há amor, há sentimentos.

O amor sente-se.

Será que se pode amar alguém sem respeitar os sentimentos, a sensibilidade, a afectividade e a liberdade do outro?

Dá que pensar…

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Dificuldades?


Um discípulo procurou o rabino Naham de Braslaw e disse-lhe:


- Não continuarei mais os meus estudos sagrados. Moro numa pequena casa com os meus pais e irmãos, e nunca encontro as condições ideais para me concentrar no que é importante.

Naham apontou o Sol e pediu-lhe que colocasse a mão na frente do rosto de modo a ocultá-lo.


Então o rabino disse-lhe:


- A tua mão é pequena, porém conseguiu cobrir por completo a força, a luz e a majestade do imenso sol. Da mesma maneira, os pequenos problemas conseguem dar a desculpa necessária para não seguires adiante os estudos sagrados.

Ninguém é culpado da própria incompetência. Assim como a mão tem o poder de esconder o sol, a mediocridade tem o poder de esconder a luz interior. Não deixes que isso aconteça.

in Cesar Romão

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Graffiti

No Verão passado estive em Itália e encontrei em ruas romanas este graffiti.
Decidi fotografar e trazer para Portugal.

Não deixa de ser curioso que no canto inferior esquerdo tem escrito (pena não se ver muito bem) "Jesus salva a Itália".

Arte, vandalismo, liberdade de expressão, tudo isso gira em volta do graffiti mas não deixa de ser curioso ver o facto religioso a entrar nesse mundo.

Interessante o contraste entre arte de outros tempos e arte contemporânea…